

Aqui fica o registo do Step by Step da montagem do áqua:
Aquário em vidro de 8mm, com silicone transparente e com as medidas de 55x35x35 (LxAxP).
Calha de iluminação com sistema de lâmpadas T5, 3 x 24w 6.500k Osram.
Acessórios para plantar, manutenção e poda das plantas.
Colocação do substrato ELOS Terra. No momento da instalação do aquário, o substrato tinha sido removido do aquário anterior. Por esse motivo estava encharcado, libertando assim alguma água sobre o vidro inferior.
Por baixo do ELOS Terra, coloquei uma pequena quantidade de ELOS Terra Zero (Setup Bottom) composto por micros e macro nutrientes para renovarem um pouco o substrato desgastado. Como ainda não tenho todas as plantas para concluir o layout, preferi não abusar no Terra Zero. Espalhei 2 colheres de chã (meio usado para indicar a porção utilizada) do produto sobre as laterais do aquário e então mais tarde quando tiver as plantas que faltam, prefiro então usar as capsulas TERRA UNO para fortificar um pouco mais o substrato.
A colocação do substrato ajuda e muito a trabalharem as pedras e evitam riscos no vidro inferior, bem como partir o aquário caso deixem cair alguma pedra no momento da definição do hardscape.
Nesta montagem optei pelo uso de basaltos, são bem mais dificeis de trabalhar que os xistos, devido á sua forma mais arredondada e pouca textura.
A colocação do ponto focal está definido, falta agora colocar as restantes pedras em harmonia e dar ao aquário alguma profundidade.
As pedras seguintes devem acompanhar o ponto focal e de preferência não devem ser maiores que as colocadas inicialmente. É obvio que existem várias excepções á regra, apenas tenham cuidado para não comprometer a profundidade do layout.
Como é visivel na foto seguinte, coloquei as pedras mais á frente das anteriores e usei pedras mais pequenas.
Total visão da disposição das pedras
Uma vez que o hardscape está pronto, vou limpar o substrato excendente na zona frontal, para depois colocar a areia branca decorativa.
Areia branca já colocada no local. Usei areia silica branca super fina, semelhante á granulometria do açucar.
Como tinha poucas plantas para o efeito e já eram 3 da manhã... não efectuei sessão fotográfica da plantação. Embora a colocação das plantas visiveis na fotografia abaixo, tenham tomado apenas 5 minutos do meu tempo... A Bolbitis heudelotii foi colocada atrás das pedras maiores, reforçando o ponto focal; e as plantas mais pequenas (Acorus pusillus) que estão junto ás pedras, plantei-as com a ajuda de uma pinça.
Agora só falta encher o aquário...
Pormenor do reactor de CO2 da ELOS - ATO20
O aquário já cheio tanto de água como acessórios! Não vou usar termostato nesta montagem porque a temperatura nesta altura do ano faz com que o aquário mantenha os 25º.30 minutos após encher o aquário.
Visão dos meus aquários plantados lado a lado.
Os camarões red Cherry já andavam a explorar a sua nova casa e o CO2 já estava a ser libertado.
Pormenor do reactor ELOS - ATO20 a libertar CO2 para a coluna de água.
Red Cherrys, Neocaridina denticulata sinensis var. Red. Na foto podem ver duas fêmea com ovos pronta a desovar!
Neocaridina denticulata sinensis var red (machos) estavam a fazer algum alpinismo e reconhecimento da zona!!!
Para terminar, deixo-vos uma foto da Bolbitis heudelotii a fazer pearling.
E aqui está ele a defender o seu território... Os 4 discus de 14cm, sim 14cm estão por baixo das Nymphaeas lotus! Mal saem para apanhar "sol", é ver o pequenote em acção como se de um cão se tratasse a guardar um rebanho...
A melhor foto possivel de um dos 4 Red Alenquer, escondido no canto direito do áqua...
Com aproximadamente 50L de água e com uma área muito pequena para trabalhar, o segredo está no tamanho das pedras, tronco e as proporções que eles irão ter dentro do áqua.
Usei xistos para o efeito por serem inertes e com algum volume. Atenção que volume não é tamanho! Para que o efeito seja o mais parecido com a natureza, convém que as pedras apresentem algum relevo e não sejam lascas ou demasiado lisas. Depois de dispostas as pedras que contornam o rio (estão enterradas e em contacto com o vidro inferior) comecei a colocar algum substrato nas laterais.
O substrato convém que seja algo poroso para que os nutrientes sejam absorvidos e as raízes possam crescer sem qualquer atrofiamento. Granulado 2 a 3mm é o mais indicado para plantados, porém se o granulado for maior no que diz respeito a plantas de tapete poderá haver algum problema de fixação. A utilização de Akadama (usual terra para criação de Bonsais) começa a ser um material muito usado na comunidade de Aquapaisagistas; devido á cor (semelhante á terra), por ser uma argila porosa e por facilitar um excelente enraizamento das plantas. Acaba por ser uma excelente alternativa ás conceituadas marcas existentes no mercado.
Mas quais serão as grandes diferenças entre o normal akadama e as restantes argilas porosas da ADA, ELOS, etc; O preço praticado? Sim mas não só... Como é óbvio, as marcas desenvolveram algo mais... algo que impulsione o crescimento das plantas e que cumpra os requisitos básicos iniciais e posteriores que a akadama não fornece. Daí custarem ligeiramente um pouco mais, mas evitam assim fertilizações desnecessárias desde o 1º dia e uma fácil manutenção das plantas. Mas atenção... As marcas não fazem MILAGRES!!! Mas ajudam e muito, principalmente a evitar algumas dores de cabeça!
Uma vez que o substrato está colocado, as pedras servirão de barreira para evitar a mistura com a areia branca do rio. A areia branca serve exclusivamente para decoração, criar algum contraste com as pedras e o verde das plantas. Aí está o ponto focal...
Quando olham para o áqua 2 coisas saltam á vista, o rio e a árvore...Como a nossa visão é orientada da esquerda para a direita, há quem defenda que o ponto focal esteja posicionado a 1/3 do áqua, facilitando a "leitura" do objecto.
Neste caso e como optei por um layout triangular e de forma crescente (ESQ-DIR) a árvore deveria estar mais acima do ponto focal para um melhor acompanhamento da visão. As plantas foram escolhidas ao pormenor e como já vem sendo habitual nos meus layouts, reduzo ao máximo a mistura de espécies. Optei por Eleocharis parvula e Eleocharis aciculares para simular a relva e Vesicularia dubyana (musgo de java) para a copa da árvore.
Depois de muitas teorias e alguns comentários de pessoal habituado a plantados, de que não teria sucesso na copa da árvore, isto porque o musgo não levantaria mas sim ficaria escorrido pela árvore... aqui está a prova que a teimosia e as condições certas transformam o impossível em possível!!!
Estado mais selvagem e natural, embora o tapete não estivesse bem desenvolvido, já dava para dar um ar de sua graça.
Estado final do áqua e uma foto para recordação! Como o calor está a chegar e o musgo não suporta altas temperaturas, mais vale avançar para outro projecto e regressar ao "Syrah" assim que entrar o Outono...
Vista frontal do aquário. O disco castanho (fêmea) anda desesperada para levar o selvagem para maus caminhos, mas o "jovem" ou não entende ou faz-se despercebido. Já reparei mais do que uma vez que os "bailados" são cada vez mais frequentes e que após a fêmea "lhe fazer olhinhos" aproxima-se do tronco onde desovou a 1ª vez... mas o selvagem continua indeciso sobre qual optar!
A fêmea bem tenta exibir as cores mas o selvagem não está com apetite...
Uma macro do Symphysodon aequifasciatus aequifasciatus (Discu selvagem verde)
Por fim uma foto tirada na diagonal. É visível o excelente contraste das Nymphaeas lotus com o musgo. Resta aguardar pelo desenvolvimento do lado esquerdo do áqua para que fique mais composto e colorido.