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Tuesday, January 16, 2007

Across the River '2006


SETUP

Layout: Across the River
Dimensões: 121 x 41 x 55 (cm)
Substrato: Elos Terra medium and small (30L)

Iluminação: 6 x 40w Lifeglo2 Hagen (T8)
Filtragem: Eheim 2213 440l/h
Sistema de Co2: ELOS Complete Co2 system SET A e REA 30 Reactor
Decoração: Pedras de xisto, troncos e areia branca

Plantas:
Glossostigma elatinoides
, Blyxa japónica, Ludwigia Inclinata var. Cuba, Nymphaea lótus, Cryptocoryne brown, Eleocharis aciculares

Peixes:
Paracheirodon axelrodi, Trigonostigma heteromorpha, Apistogramma nijsseni, Otocinclus affinis, Crossocheilus siamensis.


Invertebrados:
Caridina japonica



A paixão pela natureza bem como todos os pormenores que a rodeiam, fez-me criar um ambiente submerso que pudesse recriar não só uma paisagem como também um excelente habitat para a fauna do aquário.
As plantas naturais (entenda-se aquáticas) são excelentes para equilibrar o ecossistema de um aquário. Os nutrientes acumulados pelo excesso de comida, fezes dos animais são parcialmente assimilados pelas plantas favorecendo assim o seu crescimento.

Quais os factores a ter em conta quando se cria um aquário plantado?


“Hardscape”
Materiais inertes usados na decoração do aquário. O uso de troncos (cuidado com os ramos que possam conter resinas e aromas), pedras como basaltos, xistos e rochas vulcânicas são excelentes para decoração porque não alteram os parâmetros da água (pH). Neste layout a ideia foi adaptar os troncos e pedras de forma a simular um rio.
Tal como na construção de uma habitação, o hardscape é fundamental; Uma vez colocado jamais será alterado.
Como as pedras e troncos ficam ligeiramente enterradas no substrato, é fundamental que estas sejam colocadas de forma harmoniosa e mais tarde com o desenvolver da flora componham o layout quer em profundidade como no auxílio do ponto focal.

“Ponto focal”
Quando se olha para um aquário, existe sempre algo que se destaca dos demais. Pode ser uma pedra, um tronco, uma moita de plantas… etc É uma zona que direcciona rapidamente o olhar do observador. Neste caso em concreto temos o rio, que da forma como foi disposto e com o desenvolver da flora, recrie uma zona sombria e de eterna profundidade.

“Substrato”
Para um excelente desenvolvimento das plantas é necessário ter um bom solo (substrato). Neste aquário usei substrato fértil á base de argila porosa de uma marca internacional chamada ELOS. É rico em micro e macro nutrientes, fazendo com que as plantas consumam esses nutrientes através das raízes e não haja uma necessidade de fertilização liquida imediata.
Como é um substrato muito poroso, os nutrientes da coluna de água ficam alojados no fundo possibilitando uma maior absorção pelas plantas.
Para evitar a concentração de zonas frias no substrato, foi usado um cordão de aquecimento durante a fase de montagem permanecendo junto ao vidro inferior.

“A escolha da Flora”
Deve-se ter alguma atenção ao tipo de flora usada para o efeito pretendido, nem todas as plantas têm a mesma velocidade de crescimento e requisitos. Optei por plantas de crescimento médio/rápido para dar o volume desejado com são o caso das:
Glossostigma elatinoides (frente)
Eleocharis aciculares (frente)
Cryptocoryne brown (frente)
Blyxa japónica (meio plano)
Ludwigia Inclinata var. Cuba (Traseira)
Nymphaea lotus (Traseira; Não aparece na foto apesar de existir no layout. Como não obtive o efeito desejado, achei melhor podá-la antes de fotografar o aquário)

“Fauna”
Não é muito aconselhável usar peixes de grande porte porque podem danificar as plantas e a quantidade de comida, o defecar os peixes pode originar grandes oscilações nos parâmetros da água.
Usualmente utilizam-se pequenos cardumes de peixes, com alimentação racionada, dada apenas uma vez ao dia e em pequenas quantidades. Assim não existe comida em excesso e os peixes de limpeza são obrigados a devorar as algas do aquário.
A utilização de SAES (Crossocheilus siamensis - comedores de algas siamês) são fundamentais na manutenção do seu aquário. A proliferação de algas pode ser controlada com estes irrequietos peixes, muito activos e sempre famintos em busca comida; Algas pretas, cinzentas, filamentosas e excesso de comida são muito apreciadas por esta espécie. Muito cuidado ao alimentar esta espécie com pastilhas de fundo, uma vez que se habituam à comida evitam comer as algas.
Otocinclus affinis, pequenos e algo tímidos, gostam de comer algas verdes que se formam nas pedras e vidros do aquário.
Invertebrados, existem várias espécies que podem embelezar o seu aquário como comer algumas das algas. Os mais eficazes são os Caridinas Japonicas, também conhecidos como Camarão Amano. Podem ser uma excelente alternativa aos SAES.

“Manutenção e Fertilização”
Deve-se ter muito cuidado nas fertilizações de um aquário. Caso não tenha flora suficiente que possa consumir os nutrientes da coluna de água e substrato, poderá ter um grave problema de algas. É sempre mais fácil evitá-las que combatê-las. Aconselho que doseiem a fertilização sempre mais abaixo que o
recomendado e se necessário aumentar gradualmente. Basicamente os fertilizantes usados são à base de ferro (micros) e NPK (Nitratos, fosfatos e potássio -macros).
Algumas marcas adicionam mais alguns componentes aos fertilizantes como; Vitaminas, cálcio, magnésio, etc para combater algumas carências e facilitar a absorção dos nutrientes pelas plantas.
São recomendadas mudas de água parciais de 20% de 1 a 2 vezes por semana, para repor e remover nutrientes em excesso. Tenha sempre em atenção aos parâmetros da água que utiliza para repor, é aconselhável que faça alguns testes de rotina.

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